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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

10 de Julho - Chegada à Recife (PE) e Primeiros Momentos


Por volta das 3:40 hs a.m. eu já estava de pé; as malas preparadas e prontas para seguir.
Depois de me despedir da minha avó, segui com meus pais, meu irmão e o Pastor Francisco Antônio, IPUB - Mossoró, para Fortaleza (CE), onde iria embarcar no avião para Recife (PE). No caminho, expliquei um pouco mais sobre o English Immersion USA Program e também sobre o Youth Ambassadors Program; sobre a importância de programas assim não só para relações binacionais, mas para a vida e comunidade dos estudantes que deles participam. Conversa vai, conversa vem, acabou que pouco dormi durante o trajeto até a capital cearense.
Era quase 7:20 a.m quando descemos no estacionamento do Aeroporto Internacional Pinto Martins de Fortaleza. Colocamos a bagagem em um daqueles carrinhos e, aproveitando que o aeroporto não estava tão movimentado, fomos fazer o check-in.
Como tripulante de primeira viagem, tudo era novo para mim. E foi o pastor Francisco que lá mesmo no aeroporto me ensinou tudo sobre o processo de embarque e desembarque, chegando até a desenhar um pequeno mapa para assegurar que eu havia assimilado tudo em relação aos setores que existem em um aeroporto e cada uma de suas funções.
Com tudo encaminhado, lembramos então que não tínhamos tomado café da manhã. :D E como meu voo era somente às dez horas e todos estavam morreeendo de fome, o jeito foi fazer um lanche rápido no aeroporto mesmo.
Ficamos então dando voltas no aeroporto até que, por volta das 9:00hs, antes de eu entrar para o salão de embarque, fomos ao quadro de voos para uma última observação nos horários. Eu deveria seguir para o salão de embarque. Me despedi de todos e corri para lá. 
E foi pouco antes de passar pelo detector de metais que avistei pela primeira vez a Natanaiah(CE), o Carlito(CE) e o Felipe(CE), também immersioners 2011; alguns tinham acabado de passar pelo detector e outros ainda estavam na fila.
O Felipe estava logo atrás de mim e aproveitei pra confirmar com ele sobre o destino ao EIP. Começamos a conversar ali mesmo. Até que minha vez chegou. Coloquei meus pertences na bandeja, passei, peguei minha bagagem de mão (uma pequena mochila, um cantil, uma agenda Eco 2011 e uma parte da pesquisa para a apresentação que faria sobre a Região Sul dos EUA) e segui para encontrar os outros que também tinham me avistado e estavam esperando eu e o Felipe.
 Nossa! Sabe quando você encontra alguém e tem a sensação de que se conhecem há anos? Foi o que senti quando encontrei os immersioners pela primeira vez.
Seguimos para algumas cadeiras, sentamos e conversamos bastante sobre um pouco de tudo: nossos trabalhos voluntários, as expectativas sobre o programa, sobre a apresentação que seria feita... Quando de repente chegaram mais immersioners que também seguiriam do aeroporto de Fortaleza, o Natan e a Gabriella, ambos do Piauí; a Gabriella chegou segurando uma plaquinha que dizia English Immersion 2011 – We Shine! Pouco depois, encontramos a Clarisse (CE) e a Ana Paloma(MA). Mais tarde descobriríamos que todos nós tínhamos chegado ao aeroporto por volta do mesmo horário, mas estávamos em locais diferentes.
 Começamos a conversar em inglês ali mesmo, o que, inevitavelmente, chamou a atenção de todos que estavam no salão. Em alguns momentos começamos a misturar as duas línguas, mesmo quando fomos pedir para um senhor tirar uma fotografia do grupo.


Na frente: eu (RN), Gabriella (PI) e Natanaiah (CE). Atrás: Carlito (CE), Paloma (MA), Felipe (CE) e Natan (PI). Conosco, o cartaz que a Gabriella fez, onde dizia: English Immersion 2011 - We Shine!


Poucos minutos depois, foi avisado que o voo no qual eu, Carlito, Felipe, Ana Paloma, Natanaiah e Clarisse iríamos, já estava em solo. E como o voo do Natan e da Gabriella chegaria pouco depois, nos despedimos deles por enquanto e seguimos para o portão de embarque.
Embarcamos no avião. Meu assento era um dos primeiros. Logo atrás de mim estava a Clarisse. E ao meu lado, uma senhora muito simpática.
Coloquei uma parte da minha bagagem de mão no compartimento superior, e a outra sob o assento em qual eu estava. Apertei o cinto. E logo os procedimentos para decolagem foram iniciados. Confesso que fiquei apreensiva no tocante a essa primeira experiência de voo. Mas logo que o avião decolou, não demorei muito pra esquecer o nervosismo; fiquei perdidamente deslumbrada com a visão do tapete de nuvens que se estendia sob os meus pés, com o azul claro que, gradativamente, se confundia com um intenso anil e formava um teto exuberante com nada mais acima além de suas cores.  
E apesar de ter me deixado levar pelas belezas naturais nos primeiros instantes, estava ansiosa para iniciar uma conversa com a senhora ao meu lado. Ela tinha algo dessas pessoas que inspiram bondade, que detém anos de experiência em cada palavra. Lembrei que tinha prometido a mim mesma que iria aprender o máximo a cada momento daquela jornada, e compartilhar o que eu soubesse ao máximo possível.
 Nos primeiros instantes, me conformei com o silêncio enquanto revisava as minhas anotações sobre a apresentação que faria em grupo e ela lia um livro. Mas isso não durou muito. Não lembro como, mas de repente já estávamos conversando.
Seu nome era Anttonieta de Fonseca, italiana, muito simpática e acolhedora. Lembro que ela notou que esse era meu primeiro voo e me disse para não me preocupar. Anttonieta já tinha certa experiência, pois era uma missionária que trabalhava com crianças de periferias e desenvolvia trabalhos entre congregações na Itália e no Brasil há mais de 20 anos; ela me falou sobre a sua missão com um carinho tão lindo!
Contei então sobre os trabalhos voluntários que desempenho, e, quando ela perguntou para onde eu estava indo e por quê, aproveitei para falar então brevemente sobre o English Immersion Program e sobre o Youth Ambassadors Program.
Ao decorrer da conversa, acabou que ela me apresentou ao livro que estava lendo (como gostaria de lembrar seu título!). Escrito em italiano, era uma obra religiosa que parecia já ter sido lida diversas vezes. Ela me perguntou se eu não gostaria de acompanhá-la em sua leitura; e esse foi um daqueles convites aos quais sou incapaz de recusar. Lemos alguns capítulos e ela foi muito paciente comigo, me dando dicas de pronúncia de algumas palavras e de ritmo de leitura.
De repente, o voo já estava perto de pousar. Antonietta seguiria até João Pessoa (PB). Peguei minha bagagem de mão, trocamos emails e prometemos manter contato. E embora, não tenha uma fotografia dela, a imagem dos seus gentis olhos azuis irão sempre estar em minha lembrança.
Como não havia muitas pessoas no avião, não demoramos pra desembarcar. Esperamos um pelos outros na ponte e depois seguimos para a esteira de bagagem. Pegamos as malas e, quando estávamos saindo, chegou o voo da Gabriella e do Natan. Resolvemos então esperar por eles. Mesmo de relance, alguns já tinham avistado lá fora alguém com uma plaquinha com o símbolo do EIP 2011.

No aeroporto de Recife (PE). Clarisse (CE) , Natanaiah (CE), Felipe(CE), Natan(PI), Gabriella(PI),Carlito (CE) (na fente) e eu (RN). [Foto: Ana Paloma (MA)]

Bagagens em mãos e todos juntos, seguimos adiante. Descobrimos então que quem estava a nos esperar era o Edvaldo Amorim do Consulado Norte-Americano de Recife (PE).
Muito carismático, mesmo tendo se apresentado como Edvaldo, ele adiantou que era bastante comum que immersioners e jovens embaixadores (ele também acompanha os JEs na viagem aos EUA) o chamassem de Uncle Ed ou Tio Ed. Junto a ele estavam outros immersioners que tinham chegado mais cedo. Não demorou muito, e Tio Ed teve de correr para outros terminais e esperar os demais estudantes cujos voos estavam prestes a pousar.
Enquanto isso, os english immersioners iniciaram as apresentações. Incrível como é possível criar laços de amizade tão facilmente! 
Logo os demais chegaram e então seguimos juntos para o ônibus que nos levaria para o Park Hotel, onde ficaríamos hospedados durante o Programa. Mesmo de relance, deu para vislumbrar um pouco do que nos esperava na cidade do Recife. O hotel ficava à beira-mar, na praia de Boa Viagem. Não lembro se era perto ou distante do aeroporto, mas estou certa de que o tempo passou voando; talvez porque mesmo dentro do ônibus a conversa não cessou. Estávamos mais entusiasmados a cada momento!
O ônibus estacionou na esquina do hotel. Tiramos nossas malas e então seguimos.

Immersioners chegam ao Park Hotel.

  No lobby do hotel, encontramos a Carmita Teixeira (ABA), a Danyelle Marina (ABA), a Eduarda Muniz (ABA) e os immersioners que eram de Recife e já estavam nos aguardando. Fizemos o check-in, recebemos as chaves (cartões que nos davam acesso aos quartos), os crachás do English Immersion Program USA e fomos correndo colocar as malas nos quartos e descer logo. Pouco depois, estávamos todos no saguão novamente.


Antes de sair para almoçar, immersioners 2011 no lobby do Park Hotel. Atrás, da esquerda pra direita: Felipe (CE), Natan (PI), Gustavo (PE), Cassiano (SE), Rafael (BA), Claúdio (BA), Tarcísio. Na segunda fila, da esquerda pra direita: Clarisse (CE), Kaio, Tâmara, Alice (AL), Natanaiah (CE), Carlito (CE). Na frente: Isis (PE) e eu (RN) :)
Dali, a Danyelle nos informou que iríamos almoçar e provavelmente assistir um filme, uma vez que a programação oficial só começaria no dia seguinte. Os demais immersioners deveriam chegar na parte da tarde e da noite.
Seguimos então para o shopping, onde almoçamos no Burger King e depois fomos assistir o filme ‘Mr. Poppers Penguins' (Os Pinguins do Papai). 

Almoço no Burger King. Da esquerda para a direita: eu (RN), Felipe (PE), Clarisse (CE), Gabriella (PI), Kaio (BA), Cláudio(BA), Rafael (BA), Tarcísio (SE), Carlito (CE), Cassiano (SE) e Alice (AL).

Após a sessão de cinema. 

 Logo que o filme acabou, voltamos para o ônibus e retornamos rapidamente ao hotel. Isso porque já eram aproximadamente 17:30hs e às 18:30hs teríamos que estar no lobby prontos para seguir para o jantar. No horário marcado, estávamos todos lá; seguimos então para o restaurante Ponteio Grill, que era praticamente na frente do hotel, e por isso fomos à pé mesmo. Quando chegamos lá, descobrimos que havia uma mesa imeeeeeensa reservada para o English Immersion USA!

Mesa reservada para o English Immersion Program USA 2011.

Foi lá que conhecemos a Heidi Arola, Cônsul de Diplomacia Pública. Muito simpática, ela conversou bastante com os immersioners. Como sentei ao seu lado, tive a oportunidade de conversar um pouco mais com ela, sobre o EIP, sobre meus trabalhos voluntários, a AJUDEC (ONG que coordeno) e mesmo minha paixão pelo inglês. 

Lado esquerdo: Natan (PI) e Rafael (BA). Direito: Danyelle (ABA), Carlito (CE), Cassiano (SE), eu (RN), Heidi Arola (Consulado), Gabriella (PI).

  Estávamos falando sobre a questão da prática do inglês, da importância da língua, quando ela tirou uma revista americana que trazia consigo e me deu de presente. Amei esta oportunidade de maior contato com a língua em sua forma escrita, o que geralmente tenho apenas via online; na cidade onde moro, somente com auxilio de professores ou missionários tenho acesso mais fácil a material desta língua, uma vez que, além de ser rara, literatura importada é realmente um privilégio de poucos.

Revista que ganhei da Heidi Arola, e cartão de identificação do EIP 2011.

 Ao final do jantar, voltamos para o Hotel. Fomos avisados que Beatriz Swellen (Bia) e Diana Moura (Diana), também immersioners potiguares, já estavam na rodoviária. Resolvemos então esperar no lobby do hotel para dar as boas vindas.

No lobby do hotel, aguardando a chegada de Bia e Diana (RN immersioners).

 Quando o carro parou em frente ao hotel e as meninas desceram, corremos para abraçá-las, perguntar como tinha sido a viagem... Elas queriam saber o que tínhamos feito até então... Foi um momento, no mínimo, maravilhoso!

Bia (RN), eu (RN), Ana Paloma (MA), Gabriella (PI) e Diana (RN) no lobby do hotel.

     Fomos então informados que alguns dos estudantes convidados a participar do EIP 2011, infelizmente, não puderam vir (inclusive minha colega de quarto). Devido a isso, fui encaminhada a um quarto triplo. Ficaria no 607 juntamente com a Diana (RN) e a Ísis (PE).


Quarto 607, onde eu, a Diana (RN) e a Ísis (PE) ficamos.

Vista da janela do quarto 607 - praia de Boa Viagem à noite.

       Como tinham chegado mais tarde, Diana e Bia foram jantar com a Danyelle (ABA). E como eu havia descido devido a questão dos quartos e me alimentado pouquíssimo durante o jantar anterior, ela me convidou a acompanhá-las, pois algo que eles prezam bastante é para o bem-estar dos estudantes.


Esquerda: Danyelle e eu. Direita: Diana e Bia. Durante o jantar conversamos bastante sobre a viagem, o grupo, o que nos esperava durante o EIP.
Voltamos então para o hotel. Danyelle nos lembrou de estar às 8:30 a.m. no lobby para então a programação do EIP 2011 ter inicio. Nos despedimos dela e seguimos para os nossos quartos.
Bem, meu dia tinha começado às 3:00 a.m. e não tinha mais parado. Eu estava muuuito cansada. E amanhã seria a abertura oficial do Programa. 
Eu ainda não tinha certeza do que aconteceria durante a semana (a agenda oficial nos seria apresentada somente pela manhã), mas certamente o que estava por vir era muito mais do que tínhamos imaginado. 

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