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sábado, 15 de outubro de 2011

15 de Julho (Sexta-feira) – 5° Dia: ABA Boa Viagem e Encerramento do Programa

           Quando acordei no último dia do EIP, pulsava em minha mente o fato de ter aprendido tanto em apenas uma semana . 
         As minhas colegas de quarto acordaram logo em seguida. Nos arrumamos rapidamente, organizamos os nossos pertences e descemos para o café da manhã. Encontramos alguns immersioners no refeitório e estava estampada em cada rosto a marca da saudade que sentiríamos dessa semana. 
               Logo que terminei, subi para o quarto com a Diana e com a Ísis. Pegamos as nossas bagagens, fechamos o quarto e descemos para o lobby. Lá, fizemos o check-out do hotel e entregamos as chaves. Encaminhamos a bagagem para o ônibus e ficamos aguardando os demais. Enquanto isso, aproveitei para dar uma ultima revisão nos passos da apresentação.
               Chegando à ABA Boa Viagem, fomos para o auditório. Ele estava impecável, tal como o tínhamos visto pela primeira vez no início da semana; não havia rastros da Pizza Party que acontecera na noite anterior.
        Por volta das 8:30 a.m., tivemos uma atividade de orientação educacional com um representante da Partners of the Americas que nos falou sobre os trabalhos por eles desenvolvidos.
        Depois deste momento, fomos divididos em grupos e direcionados para diferentes salas onde aconteceriam as apresentações. As supervisoras do meu grupo eram a Heidi Arola (Consulado Americano) e a Christina Pope (Fulbright ETA).
          As apresentações começaram. Com base no que tínhamos aprendido sobre Action Plans, cada um no grupo falou sobre os problemas que achava mais urgentes em suas comunidades e propôs soluções para resolvê-los, sempre primando pelo tema: "My Idea to Change the World" (Minha Ideia para Mudar o Mundo).
             Não sei ao certo como me saí, mas inevitavelmente fico empolgada quando falo sobre algum assunto que me anima, que me inspira. Tratei sobre a importancia da educação, da expansão de possibilidades para que jovens e adolescentes tenham acesso a novos mundos. Para exemplificar o impacto das ações que propus, mostrei panfletos e falei um pouco sobre a ONG que presido, a AJUDEC (Associação de Jovens Unidos pelo Desenvolvimento da Educação e Cultura); falei sobre como as ações dos voluntários que se doam cada vez mais, podem contribuir para a vidas das crianças e jovens que são assistidos por eles, sobre como isso as inspiraria em fazer a diferença na vida de alguém e esse alguém teria a mesma experiência, criando uma reação em cadeia que é capaz de transformar a sociedade e consequentemente o mundo.
             Após as apresentações voltamos para o auditório e fizemos uma breve avaliação da edição 2011 do EIP. Primei para não só avaliar justamente, mas também para deixar sugestões construtivas que elevassem cada vez mais a excelência do Programa.
               Ao término deste momento, recebemos o Christopher Del Corso, Cônsul dos Estados Unidos em Recife, e o Eduardo Carvalho, Diretor Executivo da ABA. Eles falaram um pouco aos immersioners e então a cerimônia de certificado teve início. Um por um fomos chamados e recebemos o nosso certificado de participação do EIP 2011. Em seguida, todos com os certificados em mãos, tivemos a cerimônia de encerramento onde o immersioner Kaio (BA) fez uma dedicatória linda ao English Immersion 2011. Logo depois, tivemos a foto oficial. 
                          
Christopher Del Corso (Cônsul dos Estados Unidos em Recife), eu e o Eduardo Carvalho (Diretor Executivo da ABA), durante a cerimônia de certificado.
Foto oficial: cerimônia de encerramento.
          Assim que terminou a cerimônia tive a oportunidade de falar com o Cônsul, agradecer pelo apoio do Consulado ao EIP.
        E então chegou o momento que eu mais temia: a despedida. Abracei cada um dos immersioners, o staff da ABA... 
         Foi quando fomos chamados novamente. O pessoal que ía para a rodoviária se despediu, enquanto os que iam seguir de avião seguiram para o ônibus. Nos despedimos deles e fomos então para o aeroporto. Quando tiramos as malas e descemos, corremos rapidamente para fazer o check in. Como o meu voo era o que iria sair primeiro, tive de ir logo. Abracei os immersioners que ficaram lá e segui para o salão de embarque junto com os que iriam no mesmo voo que eu. 

Clarisse (CE), Natanaiah (CE), Felipe (CE) e eu (RN) no aeroporto de Recife(PE).
     Esperamos por alguns minutos e conversamos bastante enquanto isso. Em nossas mentes, os momentos que vivemos. Alguns minutos depois, o avião no qual íamos, chegou. Embarcamos. Esse voo foi mais rápido, talvez porque eu consegui dormir um pouco.
         Ao desembarcar no aeroporto de fortaleza, fui recebida pelo Pastor Jônias Castro (IPUB - CE) e pela minha tia Conceição. Seguimos direto para a rodoviária, onde compramos os tickets e ficamos andando pela rodoviária. Lanchamos. Pouco antes do horário nas passagens, seguimos para a plataforma de embarque. Liguei para o pessoal do IFRN para avisar que estava retornando à Mossoró em algumas horas
        O ônibus chegou às18:30. Depois de uma viagem de quatro horas, estávamos chegando na rodoviária onde os meus pais, o meu irmão e minha avó me esperavam.
            Os abracei. Estava com muitas saudades. 
          Eu estava tão cansada que mal conseguia pensar. Mas quando me perguntaram como tinha sido minha semana, não tive dúvidas do que iria responder: marcante, inesquecível.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

14 de Julho (Quinta-feira) – 4° Dia: ABA Aflitos, Pontos Culturais do Recife, ABA Boa Viagem


Despertamos no horário de sempre, nos arrumamos, tomamos um café da manhã e seguimos em direção ABA Aflitos - que fica na região norte de Recife (lado oposto da cidade), o que fez com que levássemos alguns minutos a mais para chegarmos. Quando o ônibus estacionou, ficamos impressionados com o tamanho da unidade, que é a sede da ABA - referência em ensino de idiomas em Recife.

Eu, em frente à ABA - Unidade Aflitos
Immersioners seguem para o prédio da ABA.
Seguimos adiante e, guiados pela Danyelle Marina (ABA & EducationUSA Adviser), conhecemos algumas partes da ABA em um rápido passeio. Ela nos explicava mais sobre cada setor pelo qual passávamos. 

Entrada da ABA - Unidade Aflitos
Recepção
Biblioteca; o acervo de livros era enorme e composto por obras tanto em inglês como em português e outros idiomas, abrangendo desde assuntos gramaticais à literatura juvenil, mundial e clássica.

Eu em meio ao acervo da ABA
Ala infantil
Entrada da Sala de Conferência
Chegamos então à sala de conferência que, em alguns pontos, era decorada com placas de destinos internacionais que pendiam do teto; na parede dos fundos havia uma frase que dizia:


"You can dream, create, design and build the most wonderful place in the world... But it requires people to make the dream reality!"
Walt Disney


"Você pode sonhar, criar, projetar e construir o lugar mais maravilhoso do mundo... Mas requer-se pessoas para fazer o sonho realidade!" 
Walt Disney


Parede ao fundo da sala com a frase de W. Disney.
      Aproximamos as cadeiras formando um meio círculo para que todos pudessem visualizar bem a apresentação. Em poucos minutos, teríamos a primeira aula do dia com a Falina Enriquez, PhD Candidate in Anthropology - University of Chicago, sobre música e cultura em ambos países. Ela estava no Brasil para realizar uma pesquisa através da Comissão Fulbright.
         Ao longo da aula, Falina nos contou sobre similaridades musicais entre o sul norte-americano e o nordeste brasileiro, ressaltando fatores como singularidade cultural dessas regiões em relação às demais de seus países. Os immersioners participaram bastante contribuindo com exemplos de músicas e ritmos típicos de seus estados de origem. Ficamos cientes que a singularidade musical nordestina atrai a atenção de inúmeros estudiosos mundo a fora. O sul norte-americano, devido seu processo de desenvolvimento, também tem forte assinatura cultural o que fez com que seu ambiente musical fosse influenciado. O Blues, por exemplo, é um ritmo triste, melancólico, que iniciou sendo cantado pelos que chegavam na nova terra e sentiam saudades de casa; músicas como canções como a Asa Branca que fazem referência à saudade do nordestino de sua terra natal quando muitas vezes tinha de se mudar para o sul. E esse foi somente um dos diversos exemplos que tivemos. Escutamos algumas músicas típicas norte-americanas e brasileiras, através das quais pudemos comprovar o que estava sendo explicado. 


Falina Enriquez apresenta algumas singularidades do nordeste brasileiro que contribuíram para a sua produção musical. 
         Em seguida, tivemos algumas dinâmicas musicais com a Christina Pope (Fulbright ETA) e o Ellis Ballard (Oberlin College Graduate).  Recebemos algumas cópias de partituras das canções. Primeiro, fomos apresentados aos símbolos musicais na partitura e treinamos a escala musical ascendente e descendente. Depois, aprendemos a cantar uma canção chamada Yankee Doodle. Recebemos cópias também da canção Amazing Grace que ouvimos e cantamos em seguida.

Início da aula com a Christina Pope e o Ellis Ballard.
Aquecimento musical.
Partitura que recebemos.
Terminada esta parte, nos dividimos em grupos para a próxima dinâmica, para a qual recebemos cópias da canção Go, Tell It On The Mountain com algumas partes sublinhadas. Iríamos modificar essas partes, dar um novo enredo à canção e apresentá-la após o coffebreak. Embora não sido muito alterada, a versão do grupo em que fiquei incluía alguns pontos turísticos de Recife. Ensaiamos bastante e ao final não conseguíamos mais parar de cantar.



Tivemos então o coffebreak, com uma mesa repleta de salgados, refrigerantes, sucos, etc., mas foquei para balancear o tempo e aproveitá-lo ao máximo para interagir com todos. 


Diana(RN), eu(RN) e Bia(RN).
Eu, Christina Pope (Fulbright ETA), Falina Enriquez (University of Chicago & Fulbright Researcher) e Ellis Ballard (Oregon College).
Retornamos do coffebreak e então teve início a aula sobre cozinha americana, com a Cecília Coelho (ABA) e a Heidi Arola (Consulado). Aprendemos sobre os aspectos culturais que influenciaram a culinária dos Estados Unidos, sobre as diferenças entre pratos e preferências regionais, bem como sobre o que realmente seria a culinária norte-americana. 


Aula de culinária; um pouco mais de cultura.

Logo após a teoria, veio a prática. Seguimos para a cozinha da ABA. Colocaríamos a mão na massa, literalmente. Recebemos uma lista de utensílios geralmente utilizados na cozinha, além das 3 receitas que iríamos preparar: tacos, burritos e cookies (clique e seja direcionado para a receita). Fomos divididos em 3 times, um para cada receita, e cada time foi subdividido em pequenos grupos de acordo com as tarefas. Sob orientação constante da Heidi Arola, da Cecília e com ajuda da Carmita, começamos a cozinhar.


Uma das receitas que nos foram entregues.
Na cozinha da ABA, preparando o almoço.
Vídeo de English Immersioners na aula de culinária

              Quando o almoço estava pronto, colocamos as porções dispostas sobre uma mesa, pois seríamos nós quem montaríamos os nossos próprios burritos e tacos. A Heidi Arola nos  deu algumas dicas, demonstrando como geralmente se monta esses pratos no estilo norte-americano.

Porções de alimentos com as quais montamos o nosso almoço.
Heidi Arola demonstra como montar burritos e tacos.
                 Formamos então uma fila e começamos a nos servir e, de sobremesa, tivemos cookies. Quando terminamos o almoço, ajudamos a recolher todo o material e então fomos esperar na recepção até que todos estivessem prontos.

Eu (RN), Ana Paloma (MA) e Cassiano (SE) após o almoço, aguardando para seguir à Antiga Recife.
Embarcamos no ônibus e seguimos rumo à Antiga Recife, parte da ilha onde a cidade nasceu. Ainda no ônibus, o Edvaldo nos contou mais sobre a cidade e sua ligação com a história. (Fiz um vídeo, mas não estou conseguindo postá-lo; vou tentar enviá-lo pelo Youtube e atualizar a postagem o mais rápido possível.)
Nossa primeira parada foi na Rua do Bom Jesus, antiga Rua dos Judeus, onde fica o Museu Sinagoga Kahal Zur Israel (que traduzido soaria como Congregação Rochedo de Israel), a primeira sinagoga das Américas . 



Placa na fachada da Sinagoga indicando a antiga Rua dos Judeus, atual Rua do Bom Jesus. 

Natan (PI), eu (RN), Rafael (BA), Cassiano (SE) e Cláudio (BA) na plaquinha explicativa que fica na frente da Sinagoga. (clique na imagem para ampliar)
Conhecemos um pouco mais sobre a história dos judeus no Brasil. Através das explanações, ficamos sabendo que eles chegaram aqui devido a inquisição na Europa, através da qual foram convertidos forçadamente em novos-cristãos. Apesar disso, continuavam a praticar os costumes judaicos e honrar a tradição em segredo. Trazidos para o Brasil, a fim de não serem vitimas do Tribunal do Santo Ofício, muitos tiveram de mudar seus nomes, se mudar para o interior ou exterior, o que mais tarde culminaria em sua fuga para a América. Por isso, é comum que muitas famílias tenham ascendência judaica e não saibam disso. 
Sob os nossos pés, estava o Mikvê, utilizado para os banhos de purificação espiritual e de renovação dos judeus. Foi durante uma reforma no antigo prédio onde hoje é o Centro Cultural Judaico que descobriu-se o Bor, poço que alimenta o Mikvê; deu-se assim início a escavações que vieram culminar na descoberta da existência de uma antiga Sinagoga no local - a primeira Sinagoga das Américas, como se viria a descobrir. 
Tivemos o prazer de conhecer a Tânia Kauffman, uma pessoa super amável. Presidente do Arquivo Histórico Judaico de Pernambuco e Coordenadora do Museu Sinagoga Kahal Zur Israel, ela nos explicou mais sobre a cultura judaica, seus rituais, história e tradições. Também nos falou sobre fatos cotidianos podiam indicar se nossa família tem, por exemplo, ascendência judaica. 
Panorâmica da sala de orações da Sinagoga. (clique na imagem para ampliar)
Replica de uma sala de orações, este ambiente foi reconstruído recentemente. Mesmo assim, o é muro original, datando de cerca de 500 anos atrás. Ele, em especial, atrai a atenção de muitos visitantes que costumam deixar orações, desejos, pedidos em papéis entre os antigo tijolos. Lembra, por isso, o Muro das Lamentações em Israel.
Além disso, cada peça de mobília nesta sala remetia a um ritual judaico que foi muito bem explicado pela Tânia Kauffman.
Immersioners, Eduarda Muniz e Marina (ABA) [esquerda], Edvaldo Amorim e Carmita Galvão (coordenadores) [direita] e Tânia Kauffman (centro).
Testemunhar a preservação de tradições culturais milenares, o carinho e respeito com que cada um na Sinagoga tinha por elas, me fez concluir que preceitos podem diferir de pessoa para pessoa, cultura para cultura... Mas depende de nós aprendermos a manter os nossos próprios preceitos e saber respeitar o do próximo.

Nos despedimos da Sinagoga e seguimos para a Praça do Marco Zero de Recife, um dos pontos turísticos mais conhecidos em Recife. De frente à ela, se erguia, a 32 metros do chão, a Torre de Cristal que indicava a localização da Oficina de Esculturas do Francisco Brennand.



Marco Zero que aponta o início da cidade de Recife.

Ao fundo, a Torre de Cristal e a Oficina de Esculturas do Francisco Brennand.





Em seguida, fomos rumo à Casa da Cultura. Falei sobre ela em um dos primeiros posts sobre Recife, mas confesso que fiquei surpresa quando soube que iria conhecê-la pessoalmente. 

Eu, em uma das alas da Casa da Cultura.
Corredor de lojas em uma das Alas na Casa da Cultura, ainda com a decoração das festividades juninas, e camisetas de Recife à venda em uma das lojas onde comprei lembrancinhas para os meus familiares. Antes de ser um centro cultural, o prédio da Casa da Cultura foi uma prisão nos tempos da ditadura. Nos espaços hoje utilizados como lojas de souvenires, eram celas. De todas, uma delas foi conservada até hoje.
Formei uma dupla com a Alice(AL) e saí às compras. Percorremos apenas uma ala e encontramos as lembrancinhas que procurávamos. Nas fotos acima, eu e a Alice (AL) em uma loja de camisetas turísticas e na outra, eu em frente à uma das entradas.

             Com lembrancinhas em mãos, embarcamos no ônibus e retornamos para o hotel. Nos arrumamos e depois nos encontramos no lobby. Seguiríamos em direção à ABA - Boa Viagem onde haveria a Pizza Party!
          Ao chegarmos no auditório da ABA, fomos recebidos pelos estudantes da Brigham Young University quem tínhamos encontrado na Terça-feira (12/07) na Escola Americana. O ambiente estava totalmente diferente do que lembrávamos, com bastante espaço, balões coloridos e muita música. Durante a noite, cantamos karaokê, dançamos e ensinamos algumas danças tipicas brasileiras, conversamos muito e nos divertimos bastante. Estávamos todos cantando quando, de repente: Pizzaaaa!!!!

Karaokê. =)
Immersioners e alunos da BYU. 
            Os estudantes tiveram que ir um pouco mais cedo, pois tinham tido um dia tão intenso quanto os immersioners. Nós ficamos mais um pouco e tivemos uma dinâmica musical. Formamos grupos e então assistimos um vídeo com algumas informações sobre bandas famosas; ao final, foram feitas algumas questões e o objetivo era respondê-las o mais rápido e corretamente possível. E, antes de sairmos, cantamos todos juntos a canção Wonderwall - Coldplay. Foi quando começamos a perceber que o EIP 2011 já estava acabando e que esses momentos ficariam para sempre em nossas memórias.


Immersioners 2011, coordenadores e ABA staff após a pizza party
       Voltamos para o hotel e, depois de descansarmos um pouco, nos reunimos e ficamos conversando. Aproveitamos esse momento e criamos a página do Facebook e do Youtube do EIP - Recife 2011, bem como trocamos fotos e emails.
         Retornei um pouco mais cedo para o meu quarto. Deixei minhas malas prontas, revisei a minha proposta de apresentação sobre o Action Plan que faria amanhã pela manhã, o que me fez ficar acordada um pouco mais, e então dormi.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

13 de Julho (Quarta-feira) – 3° Dia: ABA Boa Viagem, Consulado Americano e ONG Habitat Para a Humanidade.


O sol brilhava quando despertamos. Ajudamos umas as outras e não demoramos muito para nos arrumar. Antes de sair, fiz uma rápida pesquisa sobre o TELP, como ele era aplicado, bem como conferi minhas anotações sobre a apresentação que faria na sexta sobre o action plan. Seguimos então para tomar café da manhã. Encontramos parte do grupo lá no restaurante e outros no lobby já aguardando. Terminei rapidamente e subi para pegar minhas anotações.
Desci novamente, enquanto aguardava os demais em uma das mesas do lobby, aproveitei para revisar o que tinha elaborado até agora para o action plan, bem como tomar algumas notas para o blog. Dentro de alguns minutos, todos chegaram e fomos então em direção à ABA – Boa Viagem.

Eu(RN) e Ísis (PE) no lobby aguardando os immersioners.
  No caminho, os immersioners que já tinham feito o teste de proficiência disseram que não precisávamos nos preocupar muito, pois geralmente as questões não eram tããão difíceis, mas o tempo era o nosso maior adversário.
            Quando chegamos à ABA, fomos direto para o auditório, onde a prova seria realizada. Sentados em nossas carteiras, esperamos então pelo inicio da avaliação.
            Primeiramente, tivemos uma pequena orientação sobre a prova, sobre como era realizado o teste, a questão do tempo, os materiais que deveriam estar sob ou sobre as mesas, etc.

Immersioners, pouco antes do início da avaliação.
 As provas já estavam prestes a serem entregues, quando o Edvaldo Amorim pediu um momento e nos informou que havia ocorrido um acidente aéreo a algumas quadras da ABA. Um avião de pequeno porte tinha caído. Ele nos pediu para ligarmos para os nossos pais logo que terminássemos a prova para que eles não ficassem assustados, pois a mídia nacional já estava repercutindo o caso. Logo após esse momento, recebemos as provas e deu-se inicio a avaliação.           
           
          Um pouco mais sobre o TELP: 
       "O TELP (Test of English Language Proficience - Teste de Proficiência na Língua Inglesa) tem uma estrutura de múltipla escolha com 150 questões (pontuação máxima: 150), sendo dividido em 3 partes: 50 itens de compreensão auditiva, 40 itens de estrutura e expressão escrita e 60 itens de vocabulário e leitura. A duração do teste é de 1h45min, mas o seu tempo total pode chegar até 2h30min, levando em conta preenchimento de dados, instruções, etc., além de considerar o número de participantes. 
        Vale salientar que ele não vale como substituto para o TOEFL, sendo uma pré-avaliação a ser tida como referência, assim como o exame anteriormente mencionado ou outra avaliação que a comissão/programa/universidade venha a requerer do estudante."
       
        O teste em si não foi difícil, mas ter de resolver todas as questões em apenas 2 horas foi a questão crucial.
      Logo depois, tivemos um rápido coffebreak e, durante esse intervalo, recebemos um menu com várias opções de pães, molhos, condimentos, etc., e um formulário para preenchermos, através do qual 'montamos' nosso sanduíches que viriam da Subway – o que pensei ser uma chance ótima para  expansão de vocabulário. 

Coffebreak.
       Aproveitamos também para ligar para os nossos parentes e avisar que estávamos bem. Descobri que o avião ia de Recife(PE) para Natal(RN), de onde seguiria para Mossoró(RN). Os meus vizinhos e minha avó estavam muito preocupados comigo, pois tinham visto o acidente no noticiário e havia alguns mossoroenses a bordo. Liguei para meus pais e pedi para avisá-los que eu estava bem, que não havia com o que se preocupar.
Alguns minutos depois, retornamos para o auditório onde teríamos um check in sobre os Action Plans com a Cristina Pope (Fulbright ETA). Ao início da aula, os cartazes que tínhamos produzido na segunda-feira (11/07) foram espalhados pelo carpete ao longo de toda a sala. Revimos cada cartaz e então voltamos aos nossos assentos. Em dupla, discutimos sobre os action plans, sobre o que planejávamos apresentar. Ao decorrer da aula, tivemos ajuda dos coordenadores e monitores, bem como também pudemos utilizar as apostilas e nossas anotações como base para um melhor desenvolvimento da apresentação.

Christina Pope, Fulbright ETA, explica sobre o check in dos Action Plans.
Check in dos action plans. Espalhados pelo carpete, os cartazes que tínhamos produzido dias atrás.
Algumas anotações e apostilas que tínhamos recebido na segunda. Elas foram mais do que valiosas nesse momento.
       Terminada essa aula, chegaram os lanches da Subway. Sentamos no chão da sala que antecedia o auditório e almoçamos rapidamente lá mesmo, pois a nossa próxima visita seria ao Consulado dos Estados Unidos. Não podíamos nos atrasar.

Alice (AL), Cassiano (SE) e Natan (PI).
       Assim que terminamos de almoçar, embarcamos no ônibus rumo ao Consulado. O Edvaldo explicou então sobre algumas medidas de segurança que iriamos passar. Teríamos de deixar todos os aparelhos eletrônicos, de metais, bolsas, tudo dentro do ônibus e precisaríamos de nossas identidades. Pouco antes do ônibus estacionar, minha colega de quarto, Diana (RN), recebeu a noticia que tinha ganhado uma bolsa integral para estudar Comercio Exterior na UnP, uma das faculdades particulares de maior destaque do Rio Grande do Norte. :D
        Seguimos então para a portaria do prédio do Consulado, onde entregamos nossos RGs para liberação do passe de visitante. Em ordem alfabética, fomos chamados um a um. Recebíamos nossa identidade de volta e seguíamos para dentro, onde passamos por um detector de metais e logo depois nos era entregue o passe. Em seguida, íamos esperar os demais em um espaço ao lado, onde a Heidi Arola estava a nos esperar. Conversamos um pouco até que todos terminaram.
          Fomos recebidos por um dos diplomatas que nos deram as boas vindas. Depois desse momento inicial, fomos divididos em dois grupos e então seguimos por um passeio pelo Consulado. Tivemos a chance de aprender mais sobre o processo de emissão de vistos, sobre a diferença dos papéis e funções entre os Consulados  e a Embaixada. Revimos também os diplomatas com quem tínhamos jantado na segunda-feira (11/07) e conhecemos seus colegas de trabalho. Ao final, os dois grupos se uniram e então fomos recebidos pelo Chistopher Del Corso (Cônsul dos Estados Unidos no Recife) em seu gabinete. Recebemos então alguns panfletos, fotos da primeira família norte-americana e um marcador de páginas com a forma da Estatua da Liberdade. 
              Logo após a visita ao Consulado, seguimos para a sede da ONG Habitat Para a Humanidade (Habitat For Humanity) onde tivemos a chance de aprender sobre seus projetos.
            
Vídeo de apresentação da Habitat For Humanity (em inglês)

Entrada da Sede da Habitat para a Humanidade - Brasil.
Mural de avisos da ONG.
Fomos recebidos pela diretora da ONG, quem nos explicou mais sobre os trabalhos desenvolvidos no Brasil e no mundo. A Habitat Para a Humanidade de Recife, é, na verdade, a sede nacional da ONG. E foi comentado que pessoas de diversos países se tornavam voluntários e faziam viagens a fim de ajudar a iniciativa. Recebemos panfletos e cartazes para divulgar esse trabalho.


Eu (RN), Ana Paloma (MA), Tâmara (BA) e Gabriella (PI) pouco antes do início da apresentação.
Explanação sobre a ONG e seus trabalhos.
Panfletos que recebemos.
Cartaz que havia na sala da apresentação.
       Foi uma oportunidade maravilhosa que tivemos. Conhecer um trabalho como este nos inspira a ir mais além do que um dia disseram que seriamos capaz; nos inspira a fazer mais e mais mudanças por onde quer que passemos.
         Nos despedimos do pessoal da ONG, e então voltamos a embarcar no ônibus. Seguimos rumo a Olinda, onde visitamos a praça da Igreja da Sé e assistimos o sol se pôr sobre  uma visão espetacular da cidade de Recife


Vista da cidade de Recife (prédios ao fundo) sob o pôr do sol.
Eu e Carmita em frente à Igreja da Sé. A essa altura, já era comum os immersioners a chamarem de mom. 
Edvaldo Amorim (Consulado Americano), eu (RN), Carmita Galvão (ABA), Felipe (CE) e Eduarda Muniz (ABA).
Immersioners 2011 na praça da Igreja da Sé.
Depois desse roteiro, ainda deu tempo de passar em um centro cultural onde vimos alguns bonecos de Olinda e tivemos a chance de escutar (alguns, de dançar) um pouco de frevo pernambucano. 


Rua de Olinda ao anoitecer.
Loja de artesanato.
Eu ao lado de uma boneca de Olinda. :D
English Immersioners 2011 no Centro Cultural.
Mayara (PE) dançando o frevo.


Já era noite, mas ainda deu tempo de visitarmos o Mosteiro de São Bento, que foi tombado nacionalmente e, junto com outros centros históricos da cidade, está no conjunto reconhecido como Patrimônio Histórico Mundial pela UNESCO. Ao lado dele, a Igreja de São Bento. Quando estávamos para sair, os sinos começaram a badalar e os monges beneditinos chegavam para as atividades religiosas da noite.


Altar-mor da igreja com a imagem de São Bento. Ele não estava completo, pois uma parte foi levado para estudo em uma universidade americana, uma vez que é uma obra original da época barroca. 
Crucifixo. De dentro da igreja,  o cristo crucificado se encontra no coro, de costas para o altar-mor, o que faz com que não o consigamos ver deste ângulo, apenas do lado de fora em função que os escravos não podiam entrar na igreja, mas assistiam as cerimônias no pátio.

Fachada da Igreja de São Bento. Nesta época, ter uma ou duas torres indicava se a construção era holandesa ou portuguesa. Observem que na igreja há apenas uma, o que indica que é de origem portuguesa. Ao lado, há um mosteiro construído nas últimas décadas, já que o original foi destruído por um incêndio.
Seguimos então para o restaurante Oficina do Sabor, onde primeiramente ficamos em uma mesa imensa no interior do restaurante, e depois fomos convidados a ocupar duas mesas na varanda, cujo teto estava lindo, reproduzindo estrelas que brilhavam continuamente. A vista de Recife que tínhamos, também era algo espetacular.


Placa na entrada da Oficina do Sabor.
Vista de varanda onde os immersioners jantaram. 
Após o jantar, seguimos para o hotel. Alguns immersioners ficaram conversando um pouco, mas, pelo tanto de atividades que eu descrevi aqui, penso que vocês tem uma ideia de como eu estava. Além disso, o dia seguinte nos esperava. :)