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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Guia de Imersão

O English Immersion 2011 foi uma semana da qual sempre vou lembrar. Não sei a razão, mas cada momento parece ter durado mais do que diz o relógio e o calendário. Aproveitei tudo ao máximo, aprendi a cada segundo. Contudo, chega uma hora que temos de refletir sobre estas experiências, guardar a caixa de lembranças e então seguir em frente, rumo a novos desafios.  Mas não sem antes deixar algo para os futuros immersioners. Algumas dicas e conselhos que lhes ajudarão:

I - Primeiro, quero lhes dar os meus sinceros PARABÉNS!!! Cada um de vocês é um em um milhão. Lembrem-se que para tudo há sua hora e que para cada passo há uma razão. Lhes asseguro que este passo que vocês estão prestes a dar vai enriquecer muito suas mentes e corações. Preparem-se. Vocês irão viver uma das melhores semanas da suas vidas, conhecer pessoas que se tornarão seus irmãos e irmãs, pais, mães, tios, etc. Todos vão fazer de tudo para que você se sinta em casa. E você vai se sentir assim. 


Familia :D É assim que você vai se sentir desde o primeiro momento.
Foto: Immersioners 2011 chegam em Recife.
II - Não fiquem preocupados com a questão da data do início do Programa. Lembro que era comum mensagens no mural do JEs e mesmo do EIP dos immersioners que estavam com ansiedade a flor da pele. Mas, calma. Como o EIP geralmente ocorre em julho, apenas meses antes a Embaixada e as instituições coordenadoras entrarão em contato e explicarão tudo. Detalhe por detalhe.


Os coordenadores são um encanto! Eles cuidam dos minimos detalhes e se tornam seus pais, mães, tios, tias e  todas as demais classes da hierarquia familiar possível sempre que necessário. Estejam atentos às instruções deles, e qualquer dúvida ou necessidade não exitem em perguntar.
Foto: Eu e o Felipe (CE) com o Edvaldo Amorim (US Consulate), Carmita Galvão (ABA) e Maísa (ABA) em Olinda (PE).
III - Aproveitem o momento inicial para conhecer os seus colegas immersioners. Entrem em contato com eles e explorem ao máximo toda a possibilidade de comunicação que as redes sociais oferecem. Assim vocês já vão interagir antes da viagem. Aproveitando o ensejo das mídias, praticamente todos levarão uma câmera e vocês são de diferentes localidades. Portanto, levem compartimentos de armazenamento de dados (Pendrive, CD, etc.) ou criem um endereço virtual em nome do grupo onde todos possam compartilhar o material.


Ah, mídias sociais! Elas vão se tornar uma ferramenta indispensável para vocês. Lembrem-se de estar sempre checando as mídias da Embaixada e do EIP. Para a edição 2011, eles publicavam dicas de inglês e links importantes principalmente via Facebook. Após a viagem, esse vai ser o único meio de comunicação entre a maioria, já que - apesar de serem da mesma região consular - todos vivem em diferentes localidades. Então, vamos ficar atentos e conectados :D
Imagem: Google
IV - Depois que vocês receberem o primeiro email, não esqueçam de estar checando suas caixas de entrada diariamente. Vocês vão receber emails importantíssimos, então é de bom tom estar sempre atento. 


Toda a comunicação pré-EIP será feita via email. Então é mais do que essencial que todos fiquem atentos à suas caixas de entrada, primando por ler atentamente, preencher e enviar documentos quando necessário. E se surgirem dúvidas, basta entrar em contato com os coordenadores/responsáveis. Eles esclarecerão tudo.
Imagem: Google
VTentem sempre organizar suas coisas. Pertences pessoais de uso constante, material de estudo, de identificação, etc. Isso vai remir bastante tempo. Organizem o espaço e atentem para manter suas malas sempre arrumadas. Se vocês puderem fazer um planejamento prévio do que irão precisar, talvez na noite anterior à atividade, melhor ainda. Na questão de roupas, material, etc., não precisa estupefar as malas. Vocês vão receber instruções quanto a isso, mas adianto que o clima não é tão diferente. E lembrem de levar um casaco para as atividades em ar-condicionados. (Se você for para Recife, não esqueça um daqueles guarda-chuvas 'dobráveis' :) 


Levei uma mala grande, uma menor com pertences pessoais de uso constante e uma mochila que sempre mantinha comigo durante as atividades. Não levem muita bagagem. No penúltimo dia, antes de dormir, já deixem suas malas preparadas para seguir viagem de volta. 
Imagem: Google
VI - Fiquem atentos a horários de ônibus, voos, etc. Além disso, durante o EIP, a questão da pontualidade é mais do que essencial. Vocês serão avisados do horário que deverão se encontrar para o início das atividades e, ao decorrer do dia, o cronograma a ser cumprido será repassado. No caso, vocês podem se organizar com seus colegas de quarto para despertar pela manhã.

Os quartos geralmente são duplos ou triplos, com a divisão por gênero feminino e masculino. Eu e minhas colegas de quarto sempre nos ajudávamos com a questão de horários, sempre auxiliando umas às outras nessas questões. Companheirismo é fundamental.
Foto: Diana (RN), Ísis (PE) e eu na primeira manhã de imersão.
VII - Para a maioria de vocês, esta será a primeira viagem para fora do estado/cidade. Portanto, é normal que a sua família queira ter o máximo de referência e informação possível sobre o Programa. Repasse reportagens, blogs, depoimentos de immersioners mais experientes, bem como os contatos que os coordenadores vão disponibilizar. Isso vai ajudar a aumentar a segurança e confiança no Programa. Digo isso por experiência própria. Ah, e seus dias serão muito agitados, portanto ligações para casa/amigos/família serão feitas geralmente à noite, depois das atividades. Caso prefiram, tentem conseguir um plano de celular que priorize a comunicação interestadual ou compre um cartão  de crédito à mais - os preços variam de operadora para operadora, mas o valor com certeza será mais alto devido a distância. Qualquer coisa, utilize o email ou skype - sai mais em conta. Mas como é só uma semana e a agenda é super recheada, o tempo vai passar voando e não vai ter como sentir taaaanta saudade, mas ela vai vir. Com certeza. 
Pessoal, se quiserem podem levar computadores e tecnologias pessoais, mas, dependendo de onde vocês ficarão hospedados, eu já não posso afirmar se vai haver ou não wireless disponível gratuitamente. No EIP 2011, alguns immersioners levaram internet móvel e compartilhavam com todos. Ah, mas não vale ficar horas e horas no telefone/internet. Vocês tem que viver cada experiência intensamente para então depois poder contá-las. =D
Imagem: Google.
VIII - Durmam bem. Em partes essa tarefa vai ser fácil (as atividades diárias são intensas, então suas energias vão estar consumidas), mas é um impulso querer ficar conversando com os outros immersioners ou mesmo se preparando/pensando nas atividades do dia seguinte. Contudo, lembrem-se que o dia é corrido e requer que vocês estejam com energias renovadas. Primem por dormir ao menos 8 horas por noite!


Os quartos são super confortáveis e vocês vão ter colegas de quarto. Ninguém vai ficar sozinho :)
Foto: quarto onde eu, Diana(RN) e Ísis (PE) ficamos. Ah, saudade!
IX - Tirem fotos. Muitas fotos. Elas vão ser o portal ao passado quando vocês retornarem. Só não vão esquecer de colocar os celulares, câmeras e derivados para carregar durante a noite, nem mesmo esqueçam de mantê-los com vocês - penso que perder um pertence não é uma lembrança muito agradável; então, atenção!


Nesse quesito, lembrem-se que vocês poderão ir visitar lugares onde não é permitido o uso de flash ou mesmo de câmeras. Fiquem atentos às instruções dos coordenadores que eles sempre vão alertar nessas situações. Durante as viagens de ida e volta e mesmo durante o programa, prestem atenção a esses pertences continuamente. Mantenha-os com vocês, na bolsa de mão ou mochila.
Imagem: Google
- Aproveitem ao máximo cada centésimo de segundo. Aprendam com cada pessoa que vocês encontrarão e com cada experiência que viverão. Ao fim, você vai se surpreender com a bagagem que vai levar. Ah, e se quiserem, vocês podem tomar notas dos acontecimentos do dia e, quem sabe, fazer um blog?! Só não esqueçam de me passar o endereço, pois estarei prontamente ávida para ler logo que o tempo me permitir. :D


Mais do que inesquecível! Vocês podem conferir mais sobre o EIP também blogs referência como o Bruna em Imersão (sobre o Immersion, YAP e muito mais) da Bruna Lobato - EIP 2009, JE 2010.
Imagem: Colagem de diversos momentos do EIP 2011. Clique para ampliar.
Espero que tenham gostado dessas dicas e dos posts sobre o EIP. Aos que estão a embarcar na mesma jornada, desejo sorte, sabedoria e felicidades. Nunca esqueçam de continuarem na estrada da auto-superação. Dediquem-se bastante, não meçam forças de vontade e de ação. Estejam sempre atentos, filtrem tudo e absorvam o melhor. A vida é uma estrada a ser trilhada, mas somos nós que damos os passos. À todos, fico grata por cederem parte dos seu tempo à essas palavras e, precisando, estamos aqui!


Assim termino os posts sobre o EIP 2011.
Abraços,

Késia Nunes - English Immersioner 2011.

sábado, 15 de outubro de 2011

15 de Julho (Sexta-feira) – 5° Dia: ABA Boa Viagem e Encerramento do Programa

           Quando acordei no último dia do EIP, pulsava em minha mente o fato de ter aprendido tanto em apenas uma semana . 
         As minhas colegas de quarto acordaram logo em seguida. Nos arrumamos rapidamente, organizamos os nossos pertences e descemos para o café da manhã. Encontramos alguns immersioners no refeitório e estava estampada em cada rosto a marca da saudade que sentiríamos dessa semana. 
               Logo que terminei, subi para o quarto com a Diana e com a Ísis. Pegamos as nossas bagagens, fechamos o quarto e descemos para o lobby. Lá, fizemos o check-out do hotel e entregamos as chaves. Encaminhamos a bagagem para o ônibus e ficamos aguardando os demais. Enquanto isso, aproveitei para dar uma ultima revisão nos passos da apresentação.
               Chegando à ABA Boa Viagem, fomos para o auditório. Ele estava impecável, tal como o tínhamos visto pela primeira vez no início da semana; não havia rastros da Pizza Party que acontecera na noite anterior.
        Por volta das 8:30 a.m., tivemos uma atividade de orientação educacional com um representante da Partners of the Americas que nos falou sobre os trabalhos por eles desenvolvidos.
        Depois deste momento, fomos divididos em grupos e direcionados para diferentes salas onde aconteceriam as apresentações. As supervisoras do meu grupo eram a Heidi Arola (Consulado Americano) e a Christina Pope (Fulbright ETA).
          As apresentações começaram. Com base no que tínhamos aprendido sobre Action Plans, cada um no grupo falou sobre os problemas que achava mais urgentes em suas comunidades e propôs soluções para resolvê-los, sempre primando pelo tema: "My Idea to Change the World" (Minha Ideia para Mudar o Mundo).
             Não sei ao certo como me saí, mas inevitavelmente fico empolgada quando falo sobre algum assunto que me anima, que me inspira. Tratei sobre a importancia da educação, da expansão de possibilidades para que jovens e adolescentes tenham acesso a novos mundos. Para exemplificar o impacto das ações que propus, mostrei panfletos e falei um pouco sobre a ONG que presido, a AJUDEC (Associação de Jovens Unidos pelo Desenvolvimento da Educação e Cultura); falei sobre como as ações dos voluntários que se doam cada vez mais, podem contribuir para a vidas das crianças e jovens que são assistidos por eles, sobre como isso as inspiraria em fazer a diferença na vida de alguém e esse alguém teria a mesma experiência, criando uma reação em cadeia que é capaz de transformar a sociedade e consequentemente o mundo.
             Após as apresentações voltamos para o auditório e fizemos uma breve avaliação da edição 2011 do EIP. Primei para não só avaliar justamente, mas também para deixar sugestões construtivas que elevassem cada vez mais a excelência do Programa.
               Ao término deste momento, recebemos o Christopher Del Corso, Cônsul dos Estados Unidos em Recife, e o Eduardo Carvalho, Diretor Executivo da ABA. Eles falaram um pouco aos immersioners e então a cerimônia de certificado teve início. Um por um fomos chamados e recebemos o nosso certificado de participação do EIP 2011. Em seguida, todos com os certificados em mãos, tivemos a cerimônia de encerramento onde o immersioner Kaio (BA) fez uma dedicatória linda ao English Immersion 2011. Logo depois, tivemos a foto oficial. 
                          
Christopher Del Corso (Cônsul dos Estados Unidos em Recife), eu e o Eduardo Carvalho (Diretor Executivo da ABA), durante a cerimônia de certificado.
Foto oficial: cerimônia de encerramento.
          Assim que terminou a cerimônia tive a oportunidade de falar com o Cônsul, agradecer pelo apoio do Consulado ao EIP.
        E então chegou o momento que eu mais temia: a despedida. Abracei cada um dos immersioners, o staff da ABA... 
         Foi quando fomos chamados novamente. O pessoal que ía para a rodoviária se despediu, enquanto os que iam seguir de avião seguiram para o ônibus. Nos despedimos deles e fomos então para o aeroporto. Quando tiramos as malas e descemos, corremos rapidamente para fazer o check in. Como o meu voo era o que iria sair primeiro, tive de ir logo. Abracei os immersioners que ficaram lá e segui para o salão de embarque junto com os que iriam no mesmo voo que eu. 

Clarisse (CE), Natanaiah (CE), Felipe (CE) e eu (RN) no aeroporto de Recife(PE).
     Esperamos por alguns minutos e conversamos bastante enquanto isso. Em nossas mentes, os momentos que vivemos. Alguns minutos depois, o avião no qual íamos, chegou. Embarcamos. Esse voo foi mais rápido, talvez porque eu consegui dormir um pouco.
         Ao desembarcar no aeroporto de fortaleza, fui recebida pelo Pastor Jônias Castro (IPUB - CE) e pela minha tia Conceição. Seguimos direto para a rodoviária, onde compramos os tickets e ficamos andando pela rodoviária. Lanchamos. Pouco antes do horário nas passagens, seguimos para a plataforma de embarque. Liguei para o pessoal do IFRN para avisar que estava retornando à Mossoró em algumas horas
        O ônibus chegou às18:30. Depois de uma viagem de quatro horas, estávamos chegando na rodoviária onde os meus pais, o meu irmão e minha avó me esperavam.
            Os abracei. Estava com muitas saudades. 
          Eu estava tão cansada que mal conseguia pensar. Mas quando me perguntaram como tinha sido minha semana, não tive dúvidas do que iria responder: marcante, inesquecível.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

14 de Julho (Quinta-feira) – 4° Dia: ABA Aflitos, Pontos Culturais do Recife, ABA Boa Viagem


Despertamos no horário de sempre, nos arrumamos, tomamos um café da manhã e seguimos em direção ABA Aflitos - que fica na região norte de Recife (lado oposto da cidade), o que fez com que levássemos alguns minutos a mais para chegarmos. Quando o ônibus estacionou, ficamos impressionados com o tamanho da unidade, que é a sede da ABA - referência em ensino de idiomas em Recife.

Eu, em frente à ABA - Unidade Aflitos
Immersioners seguem para o prédio da ABA.
Seguimos adiante e, guiados pela Danyelle Marina (ABA & EducationUSA Adviser), conhecemos algumas partes da ABA em um rápido passeio. Ela nos explicava mais sobre cada setor pelo qual passávamos. 

Entrada da ABA - Unidade Aflitos
Recepção
Biblioteca; o acervo de livros era enorme e composto por obras tanto em inglês como em português e outros idiomas, abrangendo desde assuntos gramaticais à literatura juvenil, mundial e clássica.

Eu em meio ao acervo da ABA
Ala infantil
Entrada da Sala de Conferência
Chegamos então à sala de conferência que, em alguns pontos, era decorada com placas de destinos internacionais que pendiam do teto; na parede dos fundos havia uma frase que dizia:


"You can dream, create, design and build the most wonderful place in the world... But it requires people to make the dream reality!"
Walt Disney


"Você pode sonhar, criar, projetar e construir o lugar mais maravilhoso do mundo... Mas requer-se pessoas para fazer o sonho realidade!" 
Walt Disney


Parede ao fundo da sala com a frase de W. Disney.
      Aproximamos as cadeiras formando um meio círculo para que todos pudessem visualizar bem a apresentação. Em poucos minutos, teríamos a primeira aula do dia com a Falina Enriquez, PhD Candidate in Anthropology - University of Chicago, sobre música e cultura em ambos países. Ela estava no Brasil para realizar uma pesquisa através da Comissão Fulbright.
         Ao longo da aula, Falina nos contou sobre similaridades musicais entre o sul norte-americano e o nordeste brasileiro, ressaltando fatores como singularidade cultural dessas regiões em relação às demais de seus países. Os immersioners participaram bastante contribuindo com exemplos de músicas e ritmos típicos de seus estados de origem. Ficamos cientes que a singularidade musical nordestina atrai a atenção de inúmeros estudiosos mundo a fora. O sul norte-americano, devido seu processo de desenvolvimento, também tem forte assinatura cultural o que fez com que seu ambiente musical fosse influenciado. O Blues, por exemplo, é um ritmo triste, melancólico, que iniciou sendo cantado pelos que chegavam na nova terra e sentiam saudades de casa; músicas como canções como a Asa Branca que fazem referência à saudade do nordestino de sua terra natal quando muitas vezes tinha de se mudar para o sul. E esse foi somente um dos diversos exemplos que tivemos. Escutamos algumas músicas típicas norte-americanas e brasileiras, através das quais pudemos comprovar o que estava sendo explicado. 


Falina Enriquez apresenta algumas singularidades do nordeste brasileiro que contribuíram para a sua produção musical. 
         Em seguida, tivemos algumas dinâmicas musicais com a Christina Pope (Fulbright ETA) e o Ellis Ballard (Oberlin College Graduate).  Recebemos algumas cópias de partituras das canções. Primeiro, fomos apresentados aos símbolos musicais na partitura e treinamos a escala musical ascendente e descendente. Depois, aprendemos a cantar uma canção chamada Yankee Doodle. Recebemos cópias também da canção Amazing Grace que ouvimos e cantamos em seguida.

Início da aula com a Christina Pope e o Ellis Ballard.
Aquecimento musical.
Partitura que recebemos.
Terminada esta parte, nos dividimos em grupos para a próxima dinâmica, para a qual recebemos cópias da canção Go, Tell It On The Mountain com algumas partes sublinhadas. Iríamos modificar essas partes, dar um novo enredo à canção e apresentá-la após o coffebreak. Embora não sido muito alterada, a versão do grupo em que fiquei incluía alguns pontos turísticos de Recife. Ensaiamos bastante e ao final não conseguíamos mais parar de cantar.



Tivemos então o coffebreak, com uma mesa repleta de salgados, refrigerantes, sucos, etc., mas foquei para balancear o tempo e aproveitá-lo ao máximo para interagir com todos. 


Diana(RN), eu(RN) e Bia(RN).
Eu, Christina Pope (Fulbright ETA), Falina Enriquez (University of Chicago & Fulbright Researcher) e Ellis Ballard (Oregon College).
Retornamos do coffebreak e então teve início a aula sobre cozinha americana, com a Cecília Coelho (ABA) e a Heidi Arola (Consulado). Aprendemos sobre os aspectos culturais que influenciaram a culinária dos Estados Unidos, sobre as diferenças entre pratos e preferências regionais, bem como sobre o que realmente seria a culinária norte-americana. 


Aula de culinária; um pouco mais de cultura.

Logo após a teoria, veio a prática. Seguimos para a cozinha da ABA. Colocaríamos a mão na massa, literalmente. Recebemos uma lista de utensílios geralmente utilizados na cozinha, além das 3 receitas que iríamos preparar: tacos, burritos e cookies (clique e seja direcionado para a receita). Fomos divididos em 3 times, um para cada receita, e cada time foi subdividido em pequenos grupos de acordo com as tarefas. Sob orientação constante da Heidi Arola, da Cecília e com ajuda da Carmita, começamos a cozinhar.


Uma das receitas que nos foram entregues.
Na cozinha da ABA, preparando o almoço.
Vídeo de English Immersioners na aula de culinária

              Quando o almoço estava pronto, colocamos as porções dispostas sobre uma mesa, pois seríamos nós quem montaríamos os nossos próprios burritos e tacos. A Heidi Arola nos  deu algumas dicas, demonstrando como geralmente se monta esses pratos no estilo norte-americano.

Porções de alimentos com as quais montamos o nosso almoço.
Heidi Arola demonstra como montar burritos e tacos.
                 Formamos então uma fila e começamos a nos servir e, de sobremesa, tivemos cookies. Quando terminamos o almoço, ajudamos a recolher todo o material e então fomos esperar na recepção até que todos estivessem prontos.

Eu (RN), Ana Paloma (MA) e Cassiano (SE) após o almoço, aguardando para seguir à Antiga Recife.
Embarcamos no ônibus e seguimos rumo à Antiga Recife, parte da ilha onde a cidade nasceu. Ainda no ônibus, o Edvaldo nos contou mais sobre a cidade e sua ligação com a história. (Fiz um vídeo, mas não estou conseguindo postá-lo; vou tentar enviá-lo pelo Youtube e atualizar a postagem o mais rápido possível.)
Nossa primeira parada foi na Rua do Bom Jesus, antiga Rua dos Judeus, onde fica o Museu Sinagoga Kahal Zur Israel (que traduzido soaria como Congregação Rochedo de Israel), a primeira sinagoga das Américas . 



Placa na fachada da Sinagoga indicando a antiga Rua dos Judeus, atual Rua do Bom Jesus. 

Natan (PI), eu (RN), Rafael (BA), Cassiano (SE) e Cláudio (BA) na plaquinha explicativa que fica na frente da Sinagoga. (clique na imagem para ampliar)
Conhecemos um pouco mais sobre a história dos judeus no Brasil. Através das explanações, ficamos sabendo que eles chegaram aqui devido a inquisição na Europa, através da qual foram convertidos forçadamente em novos-cristãos. Apesar disso, continuavam a praticar os costumes judaicos e honrar a tradição em segredo. Trazidos para o Brasil, a fim de não serem vitimas do Tribunal do Santo Ofício, muitos tiveram de mudar seus nomes, se mudar para o interior ou exterior, o que mais tarde culminaria em sua fuga para a América. Por isso, é comum que muitas famílias tenham ascendência judaica e não saibam disso. 
Sob os nossos pés, estava o Mikvê, utilizado para os banhos de purificação espiritual e de renovação dos judeus. Foi durante uma reforma no antigo prédio onde hoje é o Centro Cultural Judaico que descobriu-se o Bor, poço que alimenta o Mikvê; deu-se assim início a escavações que vieram culminar na descoberta da existência de uma antiga Sinagoga no local - a primeira Sinagoga das Américas, como se viria a descobrir. 
Tivemos o prazer de conhecer a Tânia Kauffman, uma pessoa super amável. Presidente do Arquivo Histórico Judaico de Pernambuco e Coordenadora do Museu Sinagoga Kahal Zur Israel, ela nos explicou mais sobre a cultura judaica, seus rituais, história e tradições. Também nos falou sobre fatos cotidianos podiam indicar se nossa família tem, por exemplo, ascendência judaica. 
Panorâmica da sala de orações da Sinagoga. (clique na imagem para ampliar)
Replica de uma sala de orações, este ambiente foi reconstruído recentemente. Mesmo assim, o é muro original, datando de cerca de 500 anos atrás. Ele, em especial, atrai a atenção de muitos visitantes que costumam deixar orações, desejos, pedidos em papéis entre os antigo tijolos. Lembra, por isso, o Muro das Lamentações em Israel.
Além disso, cada peça de mobília nesta sala remetia a um ritual judaico que foi muito bem explicado pela Tânia Kauffman.
Immersioners, Eduarda Muniz e Marina (ABA) [esquerda], Edvaldo Amorim e Carmita Galvão (coordenadores) [direita] e Tânia Kauffman (centro).
Testemunhar a preservação de tradições culturais milenares, o carinho e respeito com que cada um na Sinagoga tinha por elas, me fez concluir que preceitos podem diferir de pessoa para pessoa, cultura para cultura... Mas depende de nós aprendermos a manter os nossos próprios preceitos e saber respeitar o do próximo.

Nos despedimos da Sinagoga e seguimos para a Praça do Marco Zero de Recife, um dos pontos turísticos mais conhecidos em Recife. De frente à ela, se erguia, a 32 metros do chão, a Torre de Cristal que indicava a localização da Oficina de Esculturas do Francisco Brennand.



Marco Zero que aponta o início da cidade de Recife.

Ao fundo, a Torre de Cristal e a Oficina de Esculturas do Francisco Brennand.





Em seguida, fomos rumo à Casa da Cultura. Falei sobre ela em um dos primeiros posts sobre Recife, mas confesso que fiquei surpresa quando soube que iria conhecê-la pessoalmente. 

Eu, em uma das alas da Casa da Cultura.
Corredor de lojas em uma das Alas na Casa da Cultura, ainda com a decoração das festividades juninas, e camisetas de Recife à venda em uma das lojas onde comprei lembrancinhas para os meus familiares. Antes de ser um centro cultural, o prédio da Casa da Cultura foi uma prisão nos tempos da ditadura. Nos espaços hoje utilizados como lojas de souvenires, eram celas. De todas, uma delas foi conservada até hoje.
Formei uma dupla com a Alice(AL) e saí às compras. Percorremos apenas uma ala e encontramos as lembrancinhas que procurávamos. Nas fotos acima, eu e a Alice (AL) em uma loja de camisetas turísticas e na outra, eu em frente à uma das entradas.

             Com lembrancinhas em mãos, embarcamos no ônibus e retornamos para o hotel. Nos arrumamos e depois nos encontramos no lobby. Seguiríamos em direção à ABA - Boa Viagem onde haveria a Pizza Party!
          Ao chegarmos no auditório da ABA, fomos recebidos pelos estudantes da Brigham Young University quem tínhamos encontrado na Terça-feira (12/07) na Escola Americana. O ambiente estava totalmente diferente do que lembrávamos, com bastante espaço, balões coloridos e muita música. Durante a noite, cantamos karaokê, dançamos e ensinamos algumas danças tipicas brasileiras, conversamos muito e nos divertimos bastante. Estávamos todos cantando quando, de repente: Pizzaaaa!!!!

Karaokê. =)
Immersioners e alunos da BYU. 
            Os estudantes tiveram que ir um pouco mais cedo, pois tinham tido um dia tão intenso quanto os immersioners. Nós ficamos mais um pouco e tivemos uma dinâmica musical. Formamos grupos e então assistimos um vídeo com algumas informações sobre bandas famosas; ao final, foram feitas algumas questões e o objetivo era respondê-las o mais rápido e corretamente possível. E, antes de sairmos, cantamos todos juntos a canção Wonderwall - Coldplay. Foi quando começamos a perceber que o EIP 2011 já estava acabando e que esses momentos ficariam para sempre em nossas memórias.


Immersioners 2011, coordenadores e ABA staff após a pizza party
       Voltamos para o hotel e, depois de descansarmos um pouco, nos reunimos e ficamos conversando. Aproveitamos esse momento e criamos a página do Facebook e do Youtube do EIP - Recife 2011, bem como trocamos fotos e emails.
         Retornei um pouco mais cedo para o meu quarto. Deixei minhas malas prontas, revisei a minha proposta de apresentação sobre o Action Plan que faria amanhã pela manhã, o que me fez ficar acordada um pouco mais, e então dormi.