13 de Julho (Quarta-feira) – 3° Dia: ABA Boa Viagem, Consulado Americano e ONG Habitat Para a Humanidade.
O sol
brilhava quando despertamos. Ajudamos umas as outras e não demoramos muito para nos arrumar. Antes de
sair, fiz uma rápida pesquisa sobre o TELP, como ele era aplicado, bem como conferi minhas anotações sobre a apresentação que faria na sexta sobre o action plan. Seguimos
então para tomar café da manhã. Encontramos parte do grupo lá no restaurante e
outros no lobby já aguardando. Terminei rapidamente e subi para pegar minhas
anotações.
Desci novamente, enquanto aguardava os demais em uma das mesas do lobby, aproveitei para revisar o que tinha
elaborado até agora para o action plan,
bem como tomar algumas notas para o blog. Dentro de alguns minutos, todos
chegaram e fomos então em direção à ABA – Boa Viagem.
Eu(RN) e Ísis (PE) no lobby aguardando os immersioners.
No
caminho, os immersioners que já
tinham feito o teste de proficiência disseram que não precisávamos nos
preocupar muito, pois geralmente as questões não eram tããão difíceis, mas o tempo era o nosso maior adversário.
Quando chegamos à ABA, fomos direto
para o auditório, onde a prova seria realizada. Sentados em nossas carteiras,
esperamos então pelo inicio da avaliação.
Primeiramente,
tivemos uma pequena orientação sobre a prova, sobre como era realizado o teste, a questão do tempo, os materiais que deveriam
estar sob ou sobre as mesas, etc.
Immersioners, pouco antes do início da avaliação.
As
provas já estavam prestes a serem entregues, quando o Edvaldo Amorim pediu um
momento e nos informou que havia ocorrido um acidente aéreo a algumas quadras
da ABA. Um avião de pequeno porte tinha caído. Ele nos pediu para ligarmos para
os nossos pais logo que terminássemos a prova para que eles não ficassem
assustados, pois a mídia nacional já estava repercutindo o caso. Logo após esse
momento, recebemos as provas e deu-se inicio a avaliação.
Um pouco mais sobre o TELP:
"O TELP (Test of English Language Proficience - Teste de Proficiência na Língua Inglesa) tem uma estrutura de múltipla escolha com 150 questões (pontuação máxima: 150),
sendo dividido em 3 partes: 50 itens de compreensão auditiva, 40 itens de
estrutura e expressão escrita e 60 itens de vocabulário e leitura. A duração do
teste é de 1h45min, mas o seu tempo total pode chegar até 2h30min, levando em
conta preenchimento de dados, instruções, etc., além de considerar o número de
participantes.
Vale salientar que ele não vale como substituto para o TOEFL,
sendo uma pré-avaliação a ser tida como referência, assim como o exame
anteriormente mencionado ou outra avaliação que a
comissão/programa/universidade venha a requerer do estudante."
O
teste em si não foi difícil, mas ter de resolver todas as questões em apenas 2
horas foi a questão crucial.
Logo
depois, tivemos um rápido coffebreak e, durante esse intervalo,
recebemos um menu com várias opções
de pães, molhos, condimentos, etc., e um formulário para preenchermos, através
do qual 'montamos' nosso sanduíches que viriam da Subway – o que pensei
ser uma chance ótima para expansão de
vocabulário.
Coffebreak.
Aproveitamos também para ligar para os nossos parentes e avisar
que estávamos bem. Descobri que o avião ia de Recife(PE) para Natal(RN), de
onde seguiria para Mossoró(RN). Os meus vizinhos e minha avó estavam muito
preocupados comigo, pois tinham visto o acidente no noticiário e havia alguns
mossoroenses a bordo. Liguei para meus pais e pedi para avisá-los que eu estava
bem, que não havia com o que se preocupar.
Alguns
minutos depois, retornamos para o auditório onde teríamos um check
in sobre os Action Plans com a Cristina Pope (Fulbright ETA). Ao início da
aula, os cartazes que tínhamos produzido na segunda-feira (11/07) foram
espalhados pelo carpete ao longo de toda a sala. Revimos cada cartaz e então
voltamos aos nossos assentos. Em dupla, discutimos sobre os action plans, sobre
o que planejávamos apresentar. Ao decorrer da aula, tivemos ajuda dos
coordenadores e monitores, bem como também pudemos utilizar as apostilas e
nossas anotações como base para um melhor desenvolvimento da apresentação.
Christina Pope, Fulbright ETA, explica sobre o check in dos Action Plans.
Check in dos action plans. Espalhados pelo carpete, os cartazes que tínhamos produzido dias atrás.
Algumas anotações e apostilas que tínhamos recebido na segunda. Elas foram mais do que valiosas nesse momento.
Terminada essa aula, chegaram os lanches da Subway. Sentamos no chão da sala que antecedia o auditório e almoçamos rapidamente lá mesmo, pois a nossa próxima visita seria ao Consulado dos Estados Unidos. Não podíamos nos atrasar.
Alice (AL), Cassiano (SE) e Natan (PI).
Assim que terminamos de almoçar, embarcamos no ônibus rumo ao Consulado. O Edvaldo explicou então sobre algumas medidas de segurança que iriamos passar. Teríamos de deixar todos os aparelhos eletrônicos, de metais, bolsas, tudo dentro do ônibus e precisaríamos de nossas identidades. Pouco antes do ônibus estacionar, minha colega de quarto, Diana (RN), recebeu a noticia que tinha ganhado uma bolsa integral para estudar Comercio Exterior na UnP, uma das faculdades particulares de maior destaque do Rio Grande do Norte. :D Seguimos então para a portaria do prédio do Consulado, onde entregamos nossos RGs para liberação do passe de visitante. Em ordem alfabética, fomos chamados um a um. Recebíamos nossa identidade de volta e seguíamos para dentro, onde passamos por um detector de metais e logo depois nos era entregue o passe. Em seguida, íamos esperar os demais em um espaço ao lado, onde a Heidi Arola estava a nos esperar. Conversamos um pouco até que todos terminaram. Fomos recebidos por um dos diplomatas que nos deram as boas vindas. Depois desse momento inicial, fomos divididos em dois grupos e então seguimos por um passeio pelo Consulado. Tivemos a chance de aprender mais sobre o processo de emissão de vistos, sobre a diferença dos papéis e funções entre os Consulados e a Embaixada. Revimos também os diplomatas com quem tínhamos jantado na segunda-feira (11/07) e conhecemos seus colegas de trabalho. Ao final, os dois grupos se uniram e então fomos recebidos pelo Chistopher Del Corso (Cônsul dos Estados Unidos no Recife) em seu gabinete. Recebemos então alguns panfletos, fotos da primeira família norte-americana e um marcador de páginas com a forma da Estatua da Liberdade. Logo após a visita ao Consulado, seguimos para a sede da ONG Habitat Para a Humanidade (Habitat For Humanity) onde tivemos a chance de aprender sobre seus projetos.
Vídeo de apresentação da Habitat For Humanity (em inglês)
Entrada da Sede da Habitat para a Humanidade - Brasil.
Mural de avisos da ONG.
Fomos recebidos pela diretora da ONG, quem nos explicou mais sobre os trabalhos desenvolvidos no Brasil e no mundo. A Habitat Para a Humanidade de Recife, é, na verdade, a sede nacional da ONG. E foi comentado que pessoas de diversos países se tornavam voluntários e faziam viagens a fim de ajudar a iniciativa. Recebemos panfletos e cartazes para divulgar esse trabalho.
Eu (RN), Ana Paloma (MA), Tâmara (BA) e Gabriella (PI) pouco antes do início da apresentação.
Explanação sobre a ONG e seus trabalhos.
Panfletos que recebemos.
Cartaz que havia na sala da apresentação.
Foi uma oportunidade maravilhosa que tivemos. Conhecer um trabalho como este nos inspira a ir mais além do que um dia disseram que seriamos capaz; nos inspira a fazer mais e mais mudanças por onde quer que passemos. Nos despedimos do pessoal da ONG, e então voltamos a embarcar no ônibus. Seguimos rumo a Olinda, onde visitamos a praça da Igreja da Sé e assistimos o sol se pôr sobre uma visão espetacular da cidade de Recife.
Vista da cidade de Recife (prédios ao fundo) sob o pôr do sol.
Eu e Carmita em frente à Igreja da Sé. A essa altura, já era comum os immersioners a chamarem de mom.
Edvaldo Amorim (Consulado Americano), eu (RN), Carmita Galvão (ABA), Felipe (CE) e Eduarda Muniz (ABA).
Immersioners 2011 na praça da Igreja da Sé.
Depois desse roteiro, ainda deu tempo de passar em um centro cultural onde vimos alguns bonecos de Olinda e tivemos a chance de escutar (alguns, de dançar) um pouco de frevo pernambucano.
Rua de Olinda ao anoitecer.
Loja de artesanato.
Eu ao lado de uma boneca de Olinda. :D
English Immersioners 2011 no Centro Cultural.
Mayara (PE) dançando o frevo.
Já era noite, mas ainda deu tempo de visitarmos o Mosteiro de São Bento, que foi tombado nacionalmente e, junto com outros centros históricos da cidade, está no conjunto reconhecido como Patrimônio Histórico Mundial pela UNESCO. Ao lado dele, a Igreja de São Bento. Quando estávamos para sair, os sinos começaram a badalar e os monges beneditinos chegavam para as atividades religiosas da noite.
Altar-mor da igreja com a imagem de São Bento. Ele não estava completo, pois uma parte foi levado para estudo em uma universidade americana, uma vez que é uma obra original da época barroca.
Crucifixo. De dentro da igreja, o cristo crucificado se encontra no coro, de costas para o altar-mor, o que faz com que não o consigamos ver deste ângulo, apenas do lado de fora em função que os escravos não podiam entrar na igreja, mas assistiam as cerimônias no pátio.
Fachada da Igreja de São Bento. Nesta época, ter uma ou duas torres indicava se a construção era holandesa ou portuguesa. Observem que na igreja há apenas uma, o que indica que é de origem portuguesa. Ao lado, há um mosteiro construído nas últimas décadas, já que o original foi destruído por um incêndio.
Seguimos então para o restaurante Oficina do Sabor, onde primeiramente ficamos em uma mesa imensa no interior do restaurante, e depois fomos convidados a ocupar duas mesas na varanda, cujo teto estava lindo, reproduzindo estrelas que brilhavam continuamente. A vista de Recife que tínhamos, também era algo espetacular.
Placa na entrada da Oficina do Sabor.
Vista de varanda onde os immersioners jantaram.
Após o jantar, seguimos para o hotel. Alguns immersioners ficaram conversando um pouco, mas, pelo tanto de atividades que eu descrevi aqui, penso que vocês tem uma ideia de como eu estava. Além disso, o dia seguinte nos esperava. :)
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